Como realizar a análise a produtividade científica?
Compreender o pesquisador vai além de simplesmente quantificar sua produção acadêmica; envolve também avaliar sua relação e dedicação ao ambiente científico em diferentes dimensões. Duas dessas dimensões cruciais são o reconhecimento e o financiamento, que fornecem insights importantes sobre o impacto e a relevância do trabalho do pesquisador na comunidade acadêmica.
O reconhecimento pode ser medido por indicadores como bolsas de produtividade, prêmios acadêmicos e convites para participar de comitês editoriais ou científicos.
Por outro lado, a dimensão do financiamento destaca a capacidade do pesquisador de obter recursos para sua pesquisa, o que não só reflete a qualidade de seu trabalho, mas também sua habilidade em convencer agências de financiamento sobre a importância de suas investigações.
Já a identificação da contribuição das produções e orientações na atividade científica envolve a análise de diversas dimensões essenciais para compreender o impacto e a influência do pesquisador.
O índice de citação é um indicador-chave que revela a relevância e a difusão das pesquisas, fornecendo insights sobre sua contribuição para o avanço do conhecimento em sua área de atuação.
Além disso, o fator de impacto da revista é uma métrica importante que reflete a qualidade e a visibilidade de seu trabalho, influenciando sua reputação e reconhecimento na comunidade acadêmica.
Por fim, a colaboração e a rede de coautoria revelam a capacidade de estabelecer conexões com outros profissionais, promovendo a troca de conhecimento e ampliando o alcance e o impacto de suas pesquisas
Na análise qualitativa, são considerados aspectos como parcerias estratégicas, temas emergentes de pesquisa e a influência do pesquisador na comunidade acadêmica. Isso envolve avaliar não apenas a quantidade, mas também a qualidade e a relevância das contribuições do pesquisador para o avanço do conhecimento. Além disso, a análise qualitativa permite identificar tendências e padrões emergentes na produção científica, bem como avaliar o impacto do pesquisador em áreas específicas do conhecimento.
Já a análise quantitativa, são utilizados indicadores comparativos, tendências e agrupamentos para quantificar o impacto e a visibilidade do pesquisador. Incluído a análise de métricas como o número de citações recebidas, o fator de impacto das publicações e a evolução temporal desses indicadores. Essa abordagem permite uma comparação objetiva do desempenho do pesquisador em relação a seus pares, uma análise detalhada das tendências e padrões de produção.
A mensuração do impacto do pesquisador e de sua produção fundamenta-se em uma abordagem multidimensional que inclui tanto análises qualitativas quanto quantitativas. Ao integrar essas análises qualitativas e quantitativas, é possível obter uma avaliação abrangente e robusta do impacto e da contribuição do pesquisador para o avanço da ciência.
A DIVERSIDADE DE BASES DE CONHECIMENTO
Calcular o impacto científico enfrenta desafios devido à diversidade e complexidade das principais bases em relação as suas coberturas de publicações, suas métricas e acesso muitas vezes restritos a paywalls.
A COMPLEXIDADE NO CRUZAMENTO
Além disso , o cruzamento requer conhecimentos profundos sobre as bases e manipulação de dados para que haja uma cuidadosa harmonização dentre os dados e métodos de análise, considerando as diferenças das fontes de informação e práticas de indexação empregadas em cada uma delas.
A CRIAÇÃO DE VISUALIZAÇÕES E A RASTREABILIDADE
O volume de dados enorme, gerada a partir dos cruzamentos, sem ferramentas adequadas de visualização resulta em capacidade limitada de identificar tendências e da avaliação do impacto científico suscetível a vieses e erros
Embora desafiadora, a análise da influência e visibilidade da pesquisa científica, com as ferramentas certas e o apoio de profissionais capacitados, oferece insights valiosos que podem ser utilizados para: Orientar estratégias institucionais para aumentar o impacto da pesquisa, formar políticas de financiamento e promover colaborações internacionais. Além disso, podem ser empregadas para identificar tendências emergentes, guiar o desenvolvimento de políticas públicas baseadas em evidências e inspirar novas áreas de investigação.